Não podemos dizer que a digitalização chegou a todos os cantos da indústria. A realidade é que o conceito de Indústria 4.0 está a crescer, mas ainda tem um longo caminho a percorrer. Um dos exemplos claros é a disponibilidade ainda limitada de plataformas AIoT para a indústria, agnósticas em relação ao hardware IoT e ao seu fabricante.

No mundo industrial, quando se trata da capacidade de integração com diferentes fabricantes de hardware, chama-se capacidade multi-tecnologia. Ter uma única ferramenta que monitoriza, alerta, informa, prevê e até constrói cenários possíveis de todos os componentes de hardware de um processo de produção tornou-se uma necessidade absoluta no processo de digitalização correto de qualquer indústria.

No outro dia, estava numa conferência em que ouvi o orador denunciar a situação dos seus clientes que tinham até 8 CMS (Sistemas de Monitorização da Condição), dependendo do fabricante do hardware de controlo e monitorização adquirido (IoT). Esta situação criou um verdadeiro problema para os operadores, analistas e especialistas, uma vez que tinham de ter 8 fontes de informação diferentes que tinham de ser unificadas (manualmente). Para além de aprenderem a lidar com 8 ferramentas diferentes, com tudo o que isso implica em termos de curva de aprendizagem e interpretação.

O hardware utilizado para digitalizar os activos de um processo industrial tem um grande impacto na capacidade de digitalização de uma indústria.

O ditado "calça os teus próprios sapatos" é uma realidade nas indústrias, uma vez que, no final, cada fabricante de hardware é especializado num conjunto de activos e/ou condições de monitorização, ou tecnologias. Isto torna-os únicos e altamente valorizados pelos seus clientes, que precisam do melhor para garantir a continuidade dos seus processos de produção.

A desvantagem é que, quando muito, obriga-o a ter diferentes ferramentas para captar e processar informações. Ou, dito de outra forma, é necessário ter uma solução de monitorização para cada fabricante de hardware IoT.

Mas este problema de especialização foi resolvido por algumas das actuais plataformas de IAoT, como a MonoM. Plataformas agnósticas em relação ao hardware IoT e à indústria. 100% compatível com todos os hardwares IoT existentes para o mercado industrial, podendo inclusive unificar fontes OT (Operating Technology) com fontes IT (Information Technology), o que lhe confere uma importante vantagem competitiva, pois fornece à empresa final a capacidade de ter um único sistema de gestão e concentração e consulta de dados, independentemente do hardware IoT, da fonte de dados ou dos dados a serem consultados.

Para ter uma plataforma AIoT multi-tecnologia, é necessário saber exatamente que dados precisam de ser analisados, e na MonoM isso é feito com base no conhecimento que os analistas preditivos têm. Uma vez que isso esteja claro, é escolhido o melhor hardware IoT para obter esses dados e, em seguida, o departamento de engenharia da empresa concebe uma interface capaz de ler os protocolos e dados adequados para capturar apenas as informações certas no momento e na frequência certos.

Esta capacidade do MonoM está a permitir que a sua plataforma AIoT seja vista como uma plataforma de elevado valor acrescentado para as indústrias.

Em suma, se vai decidir em breve implementar uma plataforma de IAoT na sua empresa, não se esqueça de verificar a sua capacidade multitecnológica, para que não seja condenado num futuro próximo a trabalhar apenas com um tipo de fabricante de hardware IoT ou a mudar de plataforma, porque muda de hardware ou de activos IoT.

Tenha um dia próspero.

Antonio Ramírez - CMO MonoM (Grupo Alava)