A razão pela qual as plataformas IoT industriais contribuem para a crescente digitalização das empresas e organizações que gerem o tratamento de água potável, águas residuais, ... é que a sua abordagem começa por digitalizar os activos e as infra-estruturas antes dos processos.

Sei que pode parecer óbvio, mas por muito que lhe pareça, é algo com que nos deparamos mais frequentemente do que o esperado.

"... os outros falam-me do valor que os seus dados ou plataformas de business intelligence trarão à minha empresa e à tomada de decisões, e perguntam-me quais os activos a monitorizar e o que precisamos de saber sobre eles... porque é que nos fazem esta pergunta?

O que acabou de ler faz parte das conversas que temos com clientes e empresas que estão interessados na sua crescente digitalização.

Coloquei a questão de uma forma muito mais orientada para o negócio, mas a ideia principal é sempre a mesma, ... se pusermos lixo num sistema de gestão de dados, obteremos lixo.

Pode parecer radical para si, mas é a herança que temos na MonoM. Somos grandes gestores de dados industriais, mas o nosso valor reside em conhecer cada ativo (válvula, motor, engrenagem, ponte, turbina eólica, ....) a controlar, e saber que analítica lhe aplicar para que possamos interpretá-la corretamente e assim obter os dados necessários para serem geridos com as nossas ferramentas de IA preditiva.

As dúvidas dos nossos clientes desaparecem frequentemente quando lhes falamos dos muitos casos de utilização que podem resolver. Porque ser capaz de automatizar o nível de água, monitorizar a deteção de fugas de água, realizar a manutenção preditiva dos activos acima mencionados, ou controlar a qualidade da água ou os contadores domésticos são funcionalidades que trazem grande valor às organizações de água, mas também grandes poupanças.

Assim como a digitalização da manutenção dos activos e a sua modelização e acompanhamento num gémeo digital, com toda a inclusão de dados OT, IT e IoT.

É verdade que a digitalização do tratamento e da distribuição da água é uma tendência crescente a nível mundial, o que se reflecte nos casos em que estamos a intervir, de ambos os lados do Oceano Atlântico.

A água, como um bem cada vez mais escasso, necessita de uma evolução tecnológica que permita o seu controlo, abastecimento e qualidade, e é isso que as plataformas industriais IoT trazem a este sector industrial. Em 2022, o número de sensores IoT cresceu para 14,4 mil milhões em todo o mundo, mas estima-se que em 2025 atinja os 27 mil milhões de dispositivos, sendo a sensorização de todos os activos que tratam e distribuem água em cada país responsável por parte deste crescimento.

O sector da água é uma indústria cada vez mais digitalizada que começa a assumir um papel relevante nas #smartcities e nos #smartcountries.

Antonio Ramírez - CMO Grupo Álava