A implantação do hidrogénio verde de uma forma eficiente em termos de custos exige a digitalização das operações e do serviço oferecido.

Esta digitalização envolve a digitalização de activos e processos de produção, operações de fábrica, processos de distribuição e consumo, bem como a gestão da cadeia de valor do hidrogénio. E tudo isto é executado a partir de plataformas AIoT. Onde a tecnologia profunda da Inteligência Artificial, IoT e Big Data se combinam para transformar a indústria do hidrogénio numa Indústria 4.0. Com isso, é possível gerir todos os elementos que contribuem para a geração de valor dentro da cadeia de produção e consumo de hidrogénio.

A chave para estas plataformas de IAoT é a sua simplicidade. Devem ser capazes de democratizar a utilização destas tecnologias deep tech, ou, por outras palavras, devem permitir a todos os perfis de utilizadores (gestores, analistas, operadores, clientes, ...) a possibilidade de maximizar a utilização destas tecnologias, sem terem qualquer conhecimento das mesmas, reduzindo, se não eliminando, as curvas de aprendizagem.

O papel destas plataformas não é apenas maximizar a produção, mas também prever (em vez de prevenir) a manutenção e as avarias ou fugas, e ter uma governação de dados que satisfaça as necessidades de informação, pelo que a utilização de tecnologias de manutenção preditiva ou de gémeos digitais faz frequentemente parte da solução de plataforma implementada.

Esta inovação tecnológica proporcionada pelas plataformas AIoT deve ser acompanhada por outras que permitam uma inovação completa no mundo do hidrogénio verde. Estamos a falar dos electrolisadores necessários no processo de produção, ou em células de combustível de hidrogénio para o seu consumo, geradores de hidrogénio para a sua distribuição, entre outros.

É evidente que a utilização combinada de todas estas tecnologias deve permitir que o custo de produção seja competitivo e gerar as economias de escala que apoiarão o desenvolvimento desta fonte de energia.

E é em algumas destas tecnologias que a MonoM contribui para este modelo de economia do hidrogénio renovável. É a nossa contribuição para o objetivo comum de tornar a Espanha uma referência na utilização e implantação do hidrogénio verde a nível europeu e mundial.

Antonio Ramírez - CMO MonoM (Grupo Alava)